domingo, 27 de janeiro de 2008

Olho de Hórus ou 'Udyat'


Símbolo, proveniente do Antigo Egito, que significa proteção e poder, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais usados amuletos no Egito em todas as épocas.

Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Set arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Set. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.

O Olho de Hórus e a serpente simbolizavam poder real, tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma. Este símbolo aparece no reverso do Grande selo dos Estados Unidos da América (http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:USA_Great_Seal_Reverse.png),sendo também um símbolo frequentemente usado e relacionado a Maçonaria.

O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hoje em dia, o Olho de Horus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a idéia de trazer proteção, vigor e saúde.


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Clique na foto para ampliá-la
E esta é a uma homenagem minha a este símbolo. Bordei esta blusinha com este símblo que eu adoro, além de força e proteção é super fashion! Eu adorei, tenho um chaveiro, presente de uma tia minha muito querida, um pingente de prata e agora uma blusa em pedraria bordada a mão por mim mesma!!! Não é uma arraso?!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Dança do Ventre e Saúde

Sem querer percorrer searas alheias no campo da saúde, quero compartilhar com as navegadoras e navegadores algumas informações sobre a dança do ventre e seus benefícios colhidas com médicos e fisioterapeutas. E, ainda, relatar observações extraídas da minha própria vivência como bailarina, professora, e estudante de técnicas corporais e de acordo com o depoimento de várias alunas, durante os 27 anos de minha vida dedicados à dança. A prática regular de exercícios beneficia a saúde, melhora os sistemas cardiovascular e respiratório, fortalece os músculos, aumenta a flexibilidade, ajuda na coordenação motora e traz ao sono mais qualidade, tornando-o mais tranquilo. A dança do ventre pode ser praticada desde a adolescência até a "terceira", ou como prefiro denominar "melhor" idade. O trabalho com a "melhor " idade tem como proposta melhorar a sua qualidade de vida, proporcionando benefícios para a saúde e evitando a instalação ou a piora do estado de depressão. Inúmeros movimentos da dança do ventre ajudam a conservar a mobilidade articular e desenvolvem a confiança na movimentação.Assunto atualmente bastante polêmico é a prática da dança do ventre pelas meninas, que merece, por si só, um artigo especial. As gestantes, igualmente, merecem um capítulo à parte. Estudo recente, ainda não publicado, realizado pelo Dr. Raul Santo, fisiologista da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo, revela que a dança do ventre queima 330 calorias em uma hora e previne o aparecimento de varizes. Em artigo publicado na Revista Planeta, de janeiro de 2000, o Dr Sérgio Mortari afirma que "para os adolescentes o aprendizado da dança do ventre tem numerosos aspectos favoráveis: é um elemento de contato com a feminilidade e a maternidade, estimula a auto valorização e serve como um poderoso e terapêutico exercício físico". Disse também, que ela envolve o conhecimento e a movimentação de todo o corpo, atuando como um estímulo ao refinamento do comportamento, da valorização de si mesmo, da necessidade de gostar-se mais. E finalmente conclui que "em termos terapêuticos - e aqui a recomendação vale para todas as mulheres - a dança do ventre alivia os efeitos da tensão pré menstrual, a sensação dolorosa, o desconforto abdominal, previne distúrbios de menstruação, as disfunções sexuais, como a frigidez e finalmente, restabelece o interesse e o desejo sexual como um todo".Igual enfoque deu a Dra Eveline Novacki à dança do ventre, em palestra proferida em São Paulo, no Sesc Pompéia. Salientou que vários problemas emocionais podem originar ou piorar distúrbios menstruais. Os movimentos ondulantes da dança do ventre permitem uma irrigação sanguínea mais abundante na região pélvica, melhorando lombalgias, flacidez perineal, lubrificação vaginal e a função sexual. A Dra Eveline concluiu que a dança do ventre melhora a saúde geral e a disposição da mulher, aumenta a percepção de si mesma e dos outros; funciona como uma válvula de escape para tensões e raiva; tem impacto positivo sobre as fantasias sexuais e auxilia o desenvolvimento da auto estima sexual; ajudando a combater a culpa e a vergonha sexual.Os relatos de muitas alunas confirmam as observações e conclusões do Dr Sérgio e da Dra Eveline, principalmente no que se refere à melhora das cólicas menstruais e da disposição geral. Outro retorno constante é o término da "prisão de ventre" ( a dança do ventre promove uma massagem nos órgaõs internos pelos movimentos ondulantes e pelo trabalho com a respiração); o emagrecimento e o "afinamento" da cintura (consequência de qualquer atividade física aliada aos movimentos em torsão específicos da dança do ventre que geram a desinfiltração de líquidos dos tecidos ) e a melhora da postura.Assim, a dança do Oriente é vista, hoje em dia, não apenas como uma arte milenar, mas também como uma atividade física que traz inúmeros benefícios às suas praticantes: alterna exercícios aeróbicos e de musculação, que é rica em movimentos pélvicos, circulares; arredondados, espirais , torções, entre outros; que funciona como um trabalho corporal completo e minucioso; e que resgata as linhas orgânicas e a movimentação coordenada.
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Autora: Málika
E-mail: malika@malika.com.br

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

SOUHAIR ZAKI

Dançarina egípcia nasceu em Mansoura, mudando-se para Alexandria aos nove anos de idade.
Veio de uma família tradicional, onde o pai era comerciante e a mãe enfermeira.
Desde cedo se apaixonou pela música e aprendeu a dançar sozinha, seu talento como bailarina logo a levou a dançar em festas de aniversários e casamentos.
Era uma grande admiradora de outras deusas do cinema egípcio como Tahia Carioca, Samia Gamal e a atriz de cinema mirim Fairuz.

No ínicio precisou enfrentar as duras proibições de seu pai para dançar em público.
Com a morte do pai, ganhou no padrasto Ibrahim Amara, um incentivador e empresário.
Sua dança tornou-se conhecida para o mundo quando um show
em Alexandria no ano de 1962, foi televisionado e o diretor de televisão Mohamed Salem, encantou-se pela jovem, de cabelos longos e pouca maquiagem.
Mohamed Salem a queria como apresentadora, mas sua voz não era boa, e ela queria mesmo era dançar.
Apesar disso a televisão lhe abriu diversas portas, mudou-se para o Cairo, onde manteve suas apresentações em nightclubs e na televisão como solista e com o coreógrafo Ibrahim Akef (sobrinho da bailarina Naima Akef).

Era conhecida por seu ouvido extremamente apurado, o que lhe permitia ouvir as músicas apenas uma vez para dançá-las com perfeição.
Sua fama e dinheiro vieram, de suas apresentações nos nightclubs da rua do pecado (Haram Street), sendo o Auberge a 1ª casa noturna onde dançou.
Durante sua carreira Souhair fez mais de cem filmes, seus papéis eram pequenos, mas serviam para atrair o público. Atuar não era exatamente o que ela mais gostava.
Sempre foi uma pessoa educada, gentil, e sua boa reputação mudou um pouco o conceito e a imagem de sedutoras das bailarinas orientais.
Dançou para muitas autoridades, como o presidente Nixon (que a chamou de "Zagharit" júbilo), Henry Kissinger, o primeiro ministro da
Rússia, Sha do Iran, presidente da Tunísia, e nos casamentos das filhas do presidente Anwar el Sadat e Gamal Abdel Nasser.
Sua maior rival foi a bailarina Nagwa Fouad, embora seus estilos fossem completamente diferentes.
Souhair conheceu seu marido num set de cinema, era ator e sobrinho do renomado diretor Hassan Al Seifi.
Sofreu vários abortos, talvez provocados pela pressao do trabalho e stress, tendo somente um filho já bem tardiamente.
Foi a primeira bailarina a interpretar as músicas da grande cantora Umn Khoultoum.
Nos anos 80 várias mudanças começaram a ocorrer, como a retirada de programas com bailarinas na televisão, a invasão de bailarinas estrangeiras, e a mudança no visual das bailarinas, levando-a a se aposentar dos palcos.
Hoje em dia Souhair aparece em alguns eventos como expectadora, e em workshops como o festival de dança no Cairo em 2001. Mas no mundo da dança permanecerá para sempre na lembrança dos que tiveram o privilégio de vê-la dançar ou na admiração de cada pessoa ou bailarina que tem a oportunidade de vê-la em seus filmes.

SOUHAIR ZAKI – por Mara Hardok ALKHAYYAM FESTAS ÁRABES (http://www.alkhayyam.com.br/)

"Souhair tinha um estilo próprio oriental, onde a simplicidade e clareza de seus movimentos precisos faziam-na parecer única.
Na minha opinião pessoal ela era a mais perfeita de todas. Reunia talento, originalidade, autenticidade, carisma, coreografias e shimies perfeitos.
As minhas musicas preferidas são as clássicas com solos de acordeon, que era exatamente onde ela se destacava por sua elegância.
A maneira séria como encarava a dança e sua reputação mudaram a visão da dança, num país onde o preconceito ainda é muito grande.
Era uma bailarina que amava a dança e transmitia isso dançando com todo o seu corpo. "


AGRADECIMENTOS ESPECIAS A GRANDE AMIGA E ESTUDIOSA DA CULTURA ÁRABE MARA HARDOK (ALKHAYYAM FESTAS ÁRABES http://www.alkhayyam.com.br/ QUE GENTILMENTE CEDEU ESTA PESQUISA.

ESTAREI NO LITORAL E SEM INTERNET ATÉ O DIA 2/1/2008!!!!APROVEITO PARA DESEJAR A TODOS UM FELIZ ANO NOVO!!!!!

sábado, 22 de dezembro de 2007

VÍDEO DINA!

Aproveito para deixar um beeeijão, um FELIZ NATAL!!!
Esse é meu presente: um vídeo da Dinah...quer mais???!!!hehehe
Ela é uma bailarina bem expressiva, cheia de caras e bocas, mas ela pode, não fica demais pq ela é a DINA...hehehe
http://www.metacafe.com/watch/119963/arabic_belly_dancing/

Quando retornar posto a biografia dela, foi difícil encontrar algo no google que valesse a pena colocar aqui, então quiando retornar vou persquisar no meu material impresso sobre essa bailarina e ver o que posso colocar aqui!!!

FELIZ NATAL!!!!!
bjks

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

NAIMA AKEF


Nasceu em 7 de outubro de 1932, em Tanta, no delta do Nilo, na família Akef. Havia um circo famoso onde a família inteira participava apresentando ou nos bastidores, tanto os jovens quanto os velhos. O Crico Akef era famoso com seus animais treinados e selvagens domesticados e com truques espertos exibidos pelos não tão treinados, bem como por incríveis apresentações de dança e acrobacias extravagantes.

Esta é a atmosfera da família onde Naima Akef nasceu e cresceu, indicando que uma estrela especial estava sendo desenvolvida neste ambiente ideal e apropriado, e bronta para ser trazida à luz.
A família Akef morava no Cairo, no distrito de Bab El Khalq, entretanto viajava por todo o país e mesmo pelo mundo com suas turnês, especialmente na Rússia em 1957, onde Naima apresentou sua dança em um festival juvenil internacional e ganhou o primeiro prêmio de dança do festival, onde se apresentaram dançarinas de mais de 50 países. Uma foto comemorativa desta vitória está exposta na parede do Hall da Fama do Teatro Bolshoi.

O avô de Naima, Ismail Akef, um professor de ginástica e treinador na Academia de Polícia do Egito, criara o Circo Akef ao se aposentar. Ismail abrigou naima sob suas asas, reconhecendo seu talento como dançarina e no palco desde cedo, ajudou-a a modelar suas particularidades em uma artista histórica que alcançou o estrelato com o cinema egípcio. Naima foi descoberta primeiro pelo diretor Abbas Fawzy, que apresentou-a a seu irmão, o tamb´m diretor Hessein Fawzy, que percebeu o talento natural de Naima para a tela e deu a ela o papel principal na primeira vez em que aparecia, no filme “El Eish Wel malh” (O pão e o sal – no Egito, uma vez que as pessoas tenham partido um pão juntas, i.e. partilhado uma refeição, é considerado um sacrilégio desonrar as regras de lealdade não faladas, assim, El Eish Wel Malh, o pão e o sal). Naima estreou neste filme com o cantor Saad Abdel Wahab, primo do legendário cantor e compositor Mohammed Abdel Wahab. O filme foi um grande hit e um sucesso para o estúdio Nahhas Film onde fora filmado como primeira produção. Foi um início brilhante para a jovem Naima, que tinha vários números de dança durante o filme, os quais ela apresentou cuidadosamente como em todos os seus filmes futuros, lado a lado com sua atuação e canto.

Após seu primeiro filme, naima teve um sucesso após o outro como “Lahalibo [como alguém poderia traduzir isto??] (Aquele que é tão quente que é comparado ao Ligeirinho), “Baladi We Kheffa” (Baladi e a luz do coração), “Baba Aaris” (Meu pai é o acompanhante da noiva), “Noor Oyouni” (A luz dos meus olhos). Este último foi feito após a apresentação de um número de dança de Naima com o legendário Dr. Mahmoud Reda, criador e dançarino do Grupo Reda. O número foi chamado “Leil We Ein” (ao invés de dizer Elil ya Ein, como se canta nos mawwals egípcios (lamentos). Leil, sendo a noite, e Ein, sendo os olhos, que passaram a noite sem piscar, pensando na amada). O número foi feito para o Concelho de Artes do Egito.

Os filmes de Naima seguem além dos que aparecem a seguir, mas os principais são “Forigat (***), “Fataah Wel Sirk” (Uma Garota e o Circo), “El Nemr” (O Tigre), “Halawet El Hob” (A Doçura do Amor), “Gannah We Nar” (Um Céu e Um Inferno), “Melyon Geneih” (Um Milhão de Libras), “Arbaa Banat We Zabet” (4 Garotas e um Oficial), “Madraset El Banat” (A Escola de Garotas), “Tamr Henna” este é o nome de uma flor egípcia, que era o nome da personagem de Naima no filme, “Aziza” and “Ahebbak Ya Hassan” (Amo você, Hassan).



A dança egípcia corria livre nas veias de Naima. Foi seu primeiro amor e a melhor maneira de se expressar que ela usava na sua vida circense que servia como uma plataforma para sua dança, enquanto tentava e apresentava novas idéias, coreografias e músicas. Ela nunca tomou atalhos no que se refere a medir despesas, treinar ou fazer as próprias roupas ou das dançarinas do cenário e dos cantores e outros participantes que a acompanhavam nos shows. Ela era muito consciente de seu peso e mantinha-o sob estrito controle, para continuar parecendo jovem e flexível. Naima sacrificou até mesmo os prazeres da maternidade, deixando para dar á luz sua criança um pouco antes de seu próprio falecimento.

Os peritos em dança egípcia têm certeza que naima não foi influenciada pelos estilos de outras dançarinas, mas sim criou seu próprio estilo e tinha um sentimento pessoal da interpretação pela dança da música egìpcia, a ponto de criar O NOVO no palco e em ensaios. Freqüentemente, Naima coreografava suas próprias seqüências, mas ficou muito famosa por ser disciplinada e obediente a seus treinadores, técnicos e coreógrafos.

No mundo da arte, naquela era do Egito, Naima foi muito famosa por sua amizade, doçura e disponibilidade para ajudar todos os seus amigos próximos e associados, bem como sua equipe de filmagem e mimbros do set. Nunca era egoísta, e sempre colocava os outros á frente dela mesma. Há uma famosa história sobre um dia, em uma filmagem, após uma cansativa manhã de filmagem, durante o descanso após o almoço, naima notou que uma companheira dançarina do filme estava se esforçando para fazer um movimento acrobático que ela teria que fazer e enfrentava claras dificuldades para executar este movimento, que deveria ser filmado logo após o almoço. Ao invés de almoçar e descansar merecidamente, Naima foi até a garota, mostrou a ela como o passo devia ser feito com facilidade, e fez isso diversas vezes e treinou e ajudou-a até que ela conseguisse obter êxito, para deleite da garota e aplausos em massa da equipe de filmagem, dos atores e do diretor.

Naima raramente dançava em casas noturnas, mas sim em seus filmes e tablados teatrais que ela regularmente organizava no Egito e fora. Aquelas não eram apresentações de dança puramente egípcia, mas sim uma expressão livre e mais de uma música. Ela usava movimentos para expressar emoções e sentimentos, gestos, direta ou indiretamente, com expressão crporal que era uma testemunha do esforço selvagem de Naima em refletir seu talento artístico e sua flexibilidade e agilidade corporal.Naima era muito orgulhosa de seu sucesso, que ela atingira por seu próprio mérito e sem ter rastejado em casas noturnas por um longo tempo. Ela se lembrava de como, quando sua mãe e seu pai se separaram, ela formou um ato cômico e acrobático que realizou em diversos clubes até Ter a chance de trabalhar na famosa casa noturna de Badeia Masabny, onde a jovem naima brilhava como uma estrela e era uma das poucas garotas a cantar e dançar.

Naima também recorda-se de ser a favorita de Badeia, o que causava a maior inveja nos corações de outras dançarinas de cenário do clube, até um dia em que elas se ajuntaram e tentaram bater nela, mas graças à sua força e agilidade, ela conseguiu se defender e inverter a situação. Mas uma vez que aquelas dançarinas eram uma fonte de bons proventos para Badeia, naima foi despedida do clube e foi trabalhar em outro famoso ponto noturno, o Clube KIT KAT, onde conheceu o diretor cinematográfico Abbas Kamil, que apresentou-a a seu irmão, o diretor Hessein Fawzy, famoso por seus filmes musicais. Esta parceria foi um grande sucesso para ambos, e eles foram casados por nove anos, embora não tenham tido filhos. Alguns anos após o divórcio, Naima casou-se com seu contador, a quem deu um filho que trabalhava na área musical.Naima entrou nos livros de história da dança do Egito como uma de suas dançarinas mais inovadoras, criativas e renovadas; ela também entrou nos livros de história do cinema como a primeira mulher a estrelar o primeiro filme inteiramente colorido do Egito, “Baba Aaris” (Meu pai é o acompanhante da noiva), dirigido por seu primeiro marido Hessein Fawzy em 1951.


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Ficarei uns dias afastada, não conseguirei postar diariamente como vinha fazendo em função das festas de final de ano... mas assim que voltar eu aviso e retomo as pesquisas e é claro que passo tuuudo pra cá né?!hehehe


domingo, 16 de dezembro de 2007

SAMIA GAMAL

Ainda sobre bailarinas famosas:

SAMIA GAMAL

Samia Gamal Nasceu no ano de 1924 com o nome de Zainab Ibrahim Mahfuz, em Wana, uma pequena cidade egípcia. Pouco depois de seu nascimento, sua família mudou-se para o Cairo querendo ficar mais próxima do famoso bazar Khan el Kalili.No Cairo, Zainab conheceu Badia Masabni e aceitou o convite para entrar em sua companhia de dança. Foi Badia quem deu o nome de Samia Gamal á Zainab. Samia trabalhou na companhia de dança e no cassino de Badia ao lado de taheya Carioca, que foi sua amiga e rival.Depois de um tempo Samia começou sua carreira solo e contribuiu para que a Dança do Ventre viesse a ser respeitada. Samia é considerada por muitos, a segunda melhor bailarina (depois de Taheya), mas há quem considere Samia a melhor.Samia Gamal usava muito movimentos de dança clássica e de dança latina em seus solos. Suas apresentações tiveram muita influência do cinema norte americano, no estilo dos musicais dos anos 40, pois foi ela quem primeiro levou a dança para a América.Samia foi a primeira bailarina a usar salto alto em suas apresentações, e também tornou o uso do véu muito popular.Um fato muito importante na vida de Samia foi seu romance com o cantor e ator egípcio Farid elA trace, essa parceria rendeu muitos filmes e canções.O romance de Samia e farid não durou muito, eles se separaram, Samia ficou deprimida, mas depois de se recuperar, trabalhou em filmes internacionais como “Valley of the Kings”(1964), no qual ela fez algumas danças magníficas e trabalhou ao lado de Robert Taylor.Outro filme internacional que Samia trabalhou foi “Ali baba e os quarenta ladrões”, do diretor francês Jacques Becker.Samia casou-se com o milionário texano Sheppard King, que se converteu ao islamismo por sua causa, mas esse casamento não durou muito. Em 1958 Samia se casou com Roshdy Abaza, um famoso ator egípcio, no qual fizeram filmes juntos.Samia parou de dançar em 1972 quando estava com 60 anos, mas logo voltou a dançar até os 80 anos de idade.Samia gamal morreu no dia primeiro de dezembro de 1994, no Cairo.
“Se há alguma coisa que podemos aprender com Samia Gamal, é a arte do flerte durante a dança” – Lulu Sabongi (Vídeo- Reconhecendo estilos das grandes Estrelas - Vol.8)
(Espero que gostem e desculpa o "abandono" é que eu estive viajando no final de semana!!!) bjs

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

BAILARINAS...

Eu pensei em escrever hoje sobre uma coisa que me deixa meio "pasma' na dança do ventre...

Muitas pessoas fazem aulas por anos a fio e de repente não sabem nomes de bailarinas que são referência, precussoras na dança do ventre...

Um pouco culpa das professoras e outro pouco falta de interesse penso eu... Tive o privilégio de ter excelentes professoras e isso não é rasgação de seda, é a realidade mesmo! Na época não percebi mas hoje dou muito valor pois não sairei por aí pagando micos, além do que o fato de minhas professoras sempre comentarem e explicarem a parte teórica, cultural, histórica, os ritmos me fez aprender muita coisa... mas isso porque tudo que eu ouvia em aula saia a pesquisar pela internet, em livros... é eu não me contentava em saber que a fulana de tal é uma bailarina, eu ia atrás da história dela, do estilo, de alguma foto ou vídeo...

Eu ainda não em considero uma bailarina, eu danço por enquanto, ou melhor, eu tento, o corpo tem seu tempo, e a experiência vem com a prática, agora o que posso fazer é adquirir conhecimento... de que adianta dançar maravilhosamente bem e não saber ao certo a origem dos movimentos que está fazendo?! Para mim dessa maneira a dança perde a graça... a dança do ventre me atraiu porque exigiu de mim estudo, busca, conhecimento de novos movimentos sim, mas também de novos povos, países, instrumentos musicais, músicas, hábitos... quando há estudo a dança passa a ter mais valor e mais significado, é no que eu acredito! Só subirei em um palco quando sentir que tenho

Dessa forma esperem sempre por aqui alguns links ou textos sobre dança do ventre, conhecimento não ocupa espaço né?!hehehe

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TAHEYA CARIOCA - (1915-1999)

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Dados Pessoais:- Nasceu em 1915;


-Origem: Ismailia, Egito – região próxima ao Delta do Nilo.

-Nome verdadeiro – Badawiya Mohammed Karim Ali Sayed.

-Se tornou uma das lendas da dança oriental. Vida Pessoal:-Deixou sua família em Ismaila depois de uma discussão com seu pai, quando tinha apenas 12 anos, tomou um trem para o Cairo.

-Começou a dançar aos 14 anos.

-Aos 31 anos ela já era uma lenda na dança.

-Se casou 14 vezes. Nomes famosos como: o ator Rushdi Abaza e o cantor Muharram Fuad.

- Exatamente como Samia Gamal ela também se casou com um americano que se converteu ao islamismo e a levou para os Estados Unidos.

-O casamento não durou muito , ela sentia muitas saudades do Egito e as diferenças culturais. Ela se divorciou e voltou ao Egito.

-Mais tarde ela se voltaria para o islamismo ortodoxo.



Carreira:

-Estudou na escola de dança Ivanova ( Ballet Russo).-Carioca- ligação com o samba brasileiro, que ela costumava apresentar no início de sua carreira durante os anos 30, quando se apresentava no cassino de Madame Badia Masabni.

-Por ter se encantado com ritmo brasileiro ela passou a pedir para seu derbakista imitar aquele ritmo com seu derbak.Taheya introduziu o ritmo latino em seus shows.

-Apresentações de Taheya Carioca duravam em média de 20 a 25 minutos no máximo.

-Sua fama cresceu rapidamente entre 1930 e 1940 de tal forma que o próprio Rei do Egito, Farouk, convidou-a a dançar em seu aniversário.

-1º filme – “La femme et le Pantin “.-Este filme fez com que Taheya estrelasse mais de 120 filmes como: La Bat Sit, Om el Aroussa, Samara.-Além de peças teatrais e novelas na tv.

-Por volta de seus 40 anos ela se apresentava apenas em grandes eventos para o rei ou a realeza, e poucos anos antes da revolução ela parou de dançar completamente se recolhendo totalmente a atuação em cinema.


- Taheya Carioca x Samia Gamal-Competição dentro do cassino com Samia Gamal que também dançava no mesmo lugar no início de sua carreira.

-Exatamente como Samia Gamal ela também se casou com um americano que se converteu ao islamismo e a levou para os Estados Unidos.

-Taheya e Samya disputaram um dos maridos favoritos de Taheya, que foi Rashdi Abaza. Competição assim como: -Badia Masabni e Biba As el Dinne (anos 30)

-Taheya Carioca e Samia Gamal -Nagua Fouad e Souhair Zaki (anos 60)-Fifi Abdou e LucyFim da Carreira:-Ela tinha 70 anos e ainda se apresentava em nightclubs.-Parando completamente em 1972. -As pessoas eram maldosas com ela em cena e soltavam comentários enquanto ela se apresentava.-Mais uma vez retornou aos palcos ouvindo os conselhos de um velho amigo, Samir Sabri. -Ela morreu em 20 de setembro de 1999, com 79 anos de um ataque cardíaco.Características de sua dança-Conhecido como estilo Arruanin (feminino)-Suas coreografias mesclavam movimentos da dança do Baladi e a forma tradicional de solo, com a dança moderna e trabalhos de chão.-Esta fusão de estilos era sua inovação, onde criou um vocabulário da dança, aonde curvas, movimentos de braço e movimentos de quadril se transformaram em força dominantes na dança do ventre por décadas.-Usava pouco espaço sem perder vivacidade e expressão.-Dança muito fluída -> movimento arredondados.
"Dança, dança, nada além da dança. Eu dançarei até morrer!"




AO LADO VÍDEO DE TAHEYA CARIOCA NO YOU TUBE (http://www.youtube.com/results?search_query=Taheya+Carioca+Bellydancer) OS VÍDEOS FICARÃO DISPONÍVEIS ALGUM TEMPO AQUI NO BLOG NA SEÇÃO AO LADO (VÍDEOS)